Saudades da infância quando a amizade era real, onde um entendia o outro a ponto de decidir pelos dois.
Falta hoje aquela amizade onde conhecemos o outro melhor que a nós mesmos. Sabemos o que faz, o que gosta, onde anda, quanto ganha, como gasta, onde mora, onde trabalha, quem são seus pais, seus irmãos, familiares, amigos, bichos de estimação, etc, mas só sabemos.
Sinto falta daquela amizade onde um não vive sem o outro, onde os melhores e piores momentos são divididos, momentos de alegria e de tristeza são sentidos por ambos como se fosse em si mesmo, divididos sem malícia, sem maldade, sem ambição, sem preconceito, onde booling nada mais era que carinho.
Sinto falta daquela amizade onde não se diz o que sente em uma caixa digital através de um texto programado, calculado, medido, conferido num dicionário virtual, mas aquela em que se olha olho no olho e diz a verdade, mesmo sabendo que o amigo(a) vai chorar, mas sendo sincero o bastante para receber um abraço apertado de gratidão, de amor sincero sem preconceito, sem hora marcada, sem armação, sem segundas intenções.
Sinto falta de algo que não volta nunca mais.
Agora temos dezenas, centenas, milhares de amigos e nem sabemos onde moram, não temos 'permissão' de conhecer seus mínimos desejos, quanto mais sonhos, fantasias, ideologias... Os amigos atuais se escondem atrás de uma tela vazia, onde a verdade se perde em meio aos chips e os sentimentos são camuflados pelas publicidades subliminares dispostas nos textos e imagens compartilhados sem, em sua maioria, nem ter a noção do conteúdo e motivo real daquilo, solto na rede de forma viral como se fosse verdade absoluta.
Somos hoje uma geração de faceboquianos, de orkutianos, de tuwiteiros, de sonhadores de um mundo utópico, sem vida, sem ar, sem ser.
Somos uma geração de mentes vazias, sem amor, sem compaixão, sem motivos para sorrir de forma sincera, presos em nossa angustia de um sonho social neutralizado pelo medo, pois a confiança foi minada pelos milhares de cabos tecnológicos que conectam nossas mentes em um cérebro globalizado, onde não existem carrinhos de rolimã, nem piões na areia, ou gudes nas covinhas feitas pelo calcanhar, ou disputas de figurinhas, coleções de carteiras de cigarro, picula, pega-pega, esconde-esconde ... ...
A juventude 'atualizada' só pensa em sexo, dinheiro, drogas, beijo triplo, quadruplo, onde o ter é mais importante que o ser. Vivemos a banalização do corpo, das palavras, dos sentidos, onde o mais nobre é o mais rico, é o mais bonito, é o mais garanhão garantidos por suas cifras.
Neste século iniciamos uma nova era, onde a inferiorização da espécie se mostra na convivência do prazer iniciada ainda na tenra infância.
Saudades de algo que não volta mais: A inocência!
Falta hoje aquela amizade onde conhecemos o outro melhor que a nós mesmos. Sabemos o que faz, o que gosta, onde anda, quanto ganha, como gasta, onde mora, onde trabalha, quem são seus pais, seus irmãos, familiares, amigos, bichos de estimação, etc, mas só sabemos.
Sinto falta daquela amizade onde um não vive sem o outro, onde os melhores e piores momentos são divididos, momentos de alegria e de tristeza são sentidos por ambos como se fosse em si mesmo, divididos sem malícia, sem maldade, sem ambição, sem preconceito, onde booling nada mais era que carinho.
Sinto falta daquela amizade onde não se diz o que sente em uma caixa digital através de um texto programado, calculado, medido, conferido num dicionário virtual, mas aquela em que se olha olho no olho e diz a verdade, mesmo sabendo que o amigo(a) vai chorar, mas sendo sincero o bastante para receber um abraço apertado de gratidão, de amor sincero sem preconceito, sem hora marcada, sem armação, sem segundas intenções.
Sinto falta de algo que não volta nunca mais.
Agora temos dezenas, centenas, milhares de amigos e nem sabemos onde moram, não temos 'permissão' de conhecer seus mínimos desejos, quanto mais sonhos, fantasias, ideologias... Os amigos atuais se escondem atrás de uma tela vazia, onde a verdade se perde em meio aos chips e os sentimentos são camuflados pelas publicidades subliminares dispostas nos textos e imagens compartilhados sem, em sua maioria, nem ter a noção do conteúdo e motivo real daquilo, solto na rede de forma viral como se fosse verdade absoluta.
Somos hoje uma geração de faceboquianos, de orkutianos, de tuwiteiros, de sonhadores de um mundo utópico, sem vida, sem ar, sem ser.
Somos uma geração de mentes vazias, sem amor, sem compaixão, sem motivos para sorrir de forma sincera, presos em nossa angustia de um sonho social neutralizado pelo medo, pois a confiança foi minada pelos milhares de cabos tecnológicos que conectam nossas mentes em um cérebro globalizado, onde não existem carrinhos de rolimã, nem piões na areia, ou gudes nas covinhas feitas pelo calcanhar, ou disputas de figurinhas, coleções de carteiras de cigarro, picula, pega-pega, esconde-esconde ... ...
A juventude 'atualizada' só pensa em sexo, dinheiro, drogas, beijo triplo, quadruplo, onde o ter é mais importante que o ser. Vivemos a banalização do corpo, das palavras, dos sentidos, onde o mais nobre é o mais rico, é o mais bonito, é o mais garanhão garantidos por suas cifras.
Neste século iniciamos uma nova era, onde a inferiorização da espécie se mostra na convivência do prazer iniciada ainda na tenra infância.
Saudades de algo que não volta mais: A inocência!
- Wagner Miranda