Este sonho não teve aventuras exorbitantes, mas chamou-me a atenção os detalhes exagerados. Iniciou-se numa casa branca com traços curvos, onde rolava alguma festa ou reunião, e muitas pessoas se faziam presentes. Os móveis e objetos pareciam diferentes de tudo que já vi, mas me fazia sentir em casa. Os traços dessas pessoas eram diferentes, levemente mais acentuados com curvas e cores vivas... Pareciam humanos mas alguma coisa era diferente.
De inicio fiquei meio de fora tentando descobrir onde estava e rolou um brinde, umas falas... um som ambiente e agradável era tocado, mas não se parecia com nenhum som conhecido, mas era muito tranquilizador.
Podia-se ver o mar ao fundo da casa através dos janelões de vidro, e um tom avermelhado no horizonte me chamou a atenção e fui ao ar livre para ver melhor. As ondas rebatiam na areia levemente luminescente e traziam água de um azul esverdeado que nunca tinha visto. Em meio a esse conflito para entender onde estava, alguém tocou minhas costas e falou: - É muito lindo, não!? Vem, vamos interagir. Amanhã vou te levar pra conhecer um amigo na parte alta.
Assustei e levantei para beber água.
Quando voltei ao sonho, já chegávamos num local diferente, e o rapaz que me seria apresentado, fixava alguma coisa numa cerca ao redor da casa dele, que sacudia e se estendia a uma distância enorme. Parecia um balanço, mas não seguia as leis da física que conheço. O balanço iniciava na altura das pessoas e ao subir é como se esticasse e chegasse a uns 30, 40 metros de distância, depois retornava e vinha reduzindo até o local onde estávamos. Ao fundo, havia uma rede elétrica, mas era gigante, gigante mesmo. Os cabos deviam ser da espessura de um carro. Os postes que alcançavam as nuvens pareciam prédios com as bases com larguras exorbitantes e tudo arredondado.
Não vi quinas nas casas, nem nos postes, em lugar nenhum. O rapaz disse pra sentar-me no balanço que seria muito legal... Não tive coragem e ele se sentou e ao se balançar seguiu a mesma regra do balanço: Iniciava-se no piso e sacudia indo ao meio da torre gigante e retornava ao piso em tamanho normal.
Então fui ao vizinho ver a casa dele que parecia um porão, e ele estava bebendo numa latinha algo azul fluorescente, quando chegou alguém de carro para entrar na garagem e o carro tinha rodas e não tocava o chão, como se planasse. Um outro buraco abriu na grama e o carro foi sugado. A estrada era de borracha muito macia, e meu amigo disse que por baixo haviam sensores que geravam corrente elétrica que gerava magnetismo. Levantou uma ponta do "asfalto" de borracha e pude ver grandes tubos enterrados no chão, como turbinas de avião, cabos, barras arredondadas e pequenos círculos brilhantes.
Minha mente tentava entender todo esse funcionamento quando a irmã deste rapaz chegou, mas ela era diferente de todos, com traços normais e o rosto cheio de curativos pretos colados no rosto, linhas parecendo costurada, marcas... Deu medo, parecendo uma figura de filme de terror. Junto com ela uma outra garota na mesma pegada e chegaram até a mim quando foram apresentadas. Ao pegar na mão da jovem estranha ela disse que eu tinha que ir, porque aquele não era o meu lugar. O despertador tocou e a conexão foi encerrada.- Wagner Miranda
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